Entrevista com Bruno A. Castello, autor de As Pontes Invisíveis

Oi Bruno, tudo bem com você?

Comigo tudo bem, e você?

Bem também, tenho algumas perguntas aqui pra você que realmente me deixaram com uma pulga atrás da orelha a respeito do seu livro As Pontes Invisíveis...

1 – Bom, a gente sabe que seu livro já foi publicado agora, mas quando você estava escrevendo ele, qual era seu publico alvo? Você já pensava em publicar ele desde o inicio?

Acho que ser publicado é um sonho que todos nós temos quando escrevemos, é algo natural, porém não pensei muito nisso enquanto escrevia, eu somente fui escrevendo o que eu gostaria de ler, e geralmente é assim que eu trabalho. ;3

2 – Qual foi sua grande inspiração enquanto estava escrevendo?

Não tive uma grande inspiração. Risos. Pra falar a verdade, quando escrevo, nem eu mesmo sei o que vai acontecer, então o enredo acaba sendo uma surpresa pra mim também.

3 – Como foi começar a escrever? Sua família e amigos deram o apoio necessário para que você se sentisse de fato preparado?

Como eu escrevo desde muito pequeno, isso sempre foi muito natural na minha família, e talvez exatamente por isso, eles nunca pensaram que iria dar frutos. Até hoje são poucos os que me apoiam, mas eu faço o que eu amo, e pra mim isso já basta.

4 – Como você soube descrever tão bem aqueles lugares de Londres? Meu deus, eu lia e conseguia imaginar as coisas como se estivesse realmente lá. Risos.

Algumas pessoas vieram me perguntar se eu havia morado em Londres, inclusive uma amiga minha que é dos arredores da cidade adorou (kisses Kate). Quem me dera ter morado lá, eu escolhi a cidade para ser cenário do livro por ter uma grande admiração pela sua história e sua estética. Tentei estudar o máximo possível para tornar tudo o mais real que eu pudesse. Eu gostei do resultado, mas não acho que ficou tão bom assim. Haha.

5 – Você pegou alguma teoria que viu na internet a respeito da Sociedade do Tempo ou você mesmo bolou tudo em sua cabeça? Porque é tudo encaixa tão bem...

A sociedade do tempo é toda de minha autoria, e se quer uma dica, eles estão em tudo que eu escrevo.

Meu deus, em tudo mesmo?

Eles estão em tudo sim. Haha. Meus livros todos acontecem no mesmo universo e embora não fique claro lendo cada um.individualmente, as ações de um tem consequências nos outros livros, mas claro, tu só vai ver isso quando os próximos forem lançados. Risos.

6 – Eu percebi que o Charles é muito parecido com você fisicamente, você tentou fazer um auto-retrato de si mesmo nele?

Fisicamente eu não me considero parecido com ele, mas por dentro, posso dizer que é quase um espelho de mim, seus medos, inseguranças. Para ser mais sincero ainda, posso dizer que todos os personagens são de certo modo, um pedaço de mim mesmo, como um espelho quebrado que reflete cem vezes a mesma imagem.

7 – Você tem um cronograma de tudo que tem escrever quando senta na frente do computador ou simplesmente deixa fluir sem roteiro?

Depende muito, eu geralmente anoto as ideias que eu tenho antes de dormir, porém na maior parte do tempo eu apenas deixo a história acontecer, quase como se eu fosse uma ponte e aqueles personagens tivessem vida própria.

8 – Como sempre o melhor fica para o final ahaha. Você pretende fazer uma continuação do primeiro livro? Se sim, pode nos dar uma idéia de prazo? Ahahaha

Sim, pretendo, porém, não quero que seja uma continuação direta, os acontecimentos irão seguir a mesma linha cronológica, com a maioria dos personagens (risos), porém, será independente do primeiro. Acho que deste jeito existe uma liberdade maior para o leitor, mas se posso dar um pequeno spoiler: o protagonista será o Sete. Ainda não tenho uma data, pois estou trabalhando em outro livro, que apesar de acontecer no mesmo universo, não tem uma ligação direta com As Pontes Invisíveis.

Muito obrigado, mesmo :3 foi muito bom poder fazer essas perguntas!

Eu que agradeço demais pelo teu tempo e esforço <3